A questão dos refugiados climáticos em debate

Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A questão dos refugiados climáticos em debate”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Apesar de ainda não reconhecido formalmente, o termo “refugiados ambientais” foi criado em 1985, pelo professor Essam El- Hinnawi, do Programa da ONU para o Meio Ambiente. Por definição, se refere às “pessoas que foram forçadas a deixar seu habitat tradicional, temporária ou permanentemente, por causa de uma perturbação ambiental acentuada (natural e/ou desencadeada por pessoas) que comprometeu sua existência e/ou afetou seriamente a qualidade de vida”.

Mesmo com estudos e avanços na defesa do reconhecimento pelo Direito Internacional, os refugiados ambientais não têm, ainda, seu direito à migração e refúgio legitimado oficialmente. Segundo Stephen Castles (2002), não há interesse nenhum em ampliar o conceito de refugiados, pois os países estão mais interessados em limitá-lo do que expandi-lo. Assim como a possibilidade de construção – ou reconstrução – de uma vida digna, a capacidade de adaptação às mudanças climáticas e enfrentamento aos impactos ambientais também é estreitada por desigualdades. 

Em contextos como estes, muitas vezes, a saída de pessoas em maior situação de vulnerabilidade é o deslocamento forçado para as fronteiras do mundo. O reconhecimento da condição de refúgio, para estas pessoas, é, definitivamente, uma questão urgente e humanitária.

 

Disponível em: https://csvm.ufg.br/n/140699-quem-sao-os-refugiados-ambientais (Adaptado)

TEXTO II

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Disponível em: https://istoe.com.br/127095_REFUGIADOS+DO+CLIMA/

 

TEXTO III

O Banco Mundial publicou um alerta preocupante sobre os efeitos das mudanças climáticas na vida dos seres humanos já para os próximos anos: 216 milhões de pessoas em seis regiões do mundo, incluindo a América Latina, poderão ser forçadas a se mudarem de seus países até 2050 para fugirem de eventos climáticos adversos.

De acordo com o relatório “Groundswell”, publicado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Mundial, as pessoas serão forçadas a se mudarem das suas regiões por causa, principalmente, de:

  • Escassez de água
  • Diminuição da produtividade no campo como um todo
  • Temperaturas muito elevadas (estresse térmico)
  • Aumento do nível do mar, o que levará a perda de terras
  • Eventos climáticos extremos, como tempestades

A região mais afetada deverá ser a África Subsaariana, concentrando quase 40% dos migrantes climáticos (86 milhões) das próximas três décadas. Na sequência aparece o Leste Asiático e Pacífico, com 22,6% (49 milhões) das futuras migrações do tipo.

A América Latina também é classificada como área de alerta, de onde deverão sair 17 milhões de migrantes climáticos até 2050, mais de 7% do total para o período. Demais populações que deverão sofrer com as alterações do clima estão no Sul da Ásia, Ásia Central, África do Norte e a Europa Oriental.

Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/09/13/refugiados-climaticos-17-milhoes-de-pessoas-na-america-latina-poderao-ser-forcadas-a-migrarem-ate-2050.ghtml