Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Doenças autoimunes: desafios para o tratamento no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Doenças autoimunes são condições crônicas e sistêmicas que, embora ainda raras, ocorrem cada vez mais. E a predominância está aumentando. Entre elas, as doenças reumatológicas lideram a lista, seguidas por distúrbios endócrinos e gastrointestinais.
O que torna esse fato mais preocupante é a carga que essas condições representam para pacientes que convivem com elas, para os médicos que as diagnosticam e tratam e para o sistema de saúde que lhes fornece suporte. As doenças autoimunes afetam um número desproporcional de mulheres e representam uma das dez principais causas de morte entre as que têm cerca de 65 anos.2 O custo, direta e indiretamente, é muito alto para essas doenças crônicas e suas complicações associadas.
Com sintomas geralmente concomitantes e condições coexistentes, os médicos precisam decifrar as pistas. Há diversos ensaios disponíveis para ajudá-lo a fornecer aos médicos as informações de que necessitam para ajudar essa crescente população de pacientes.
Disponível em: <https://www.thermofisher.com/diagnostic-education/lab/br/pt/disease-areas/autoimmunity.html>
TEXTO II
As doenças autoimunes são condições na qual o nosso organismo não reconhece partes de nosso corpo como próprias e passa a direcionar nosso próprio sistema de defesa contra essas estruturas, causando danos nestes órgãos saudáveis e, consequentemente, gerando diversas doenças.
Os sintomas podem ser muito variáveis e totalmente enganadores, apresentando diferentes comportamentos, o que muitas vezes geram atrasos nos diagnósticos, uma vez, que diferentemente de outras doenças, o diagnóstico das doenças autoimunes não é baseado somente em resultados de exames, e sim num conjunto de dados obtidos das queixas dos pacientes, naquilo que os médicos examinam e nos resultados de exames. Muitas vezes temos os mesmos resultados de exames em diferentes doenças, e também não é raro observarmos, mais de uma doença, ou partes de diferentes doenças, num mesmo indivíduo, o que gera muita dificuldade, mesmo para médicos experientes. As principais doenças autoimunes da área reumatológica são: o lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, artrite reumatoide, espondilite anquilozante, dermatopolimiosite , síndrome de sjögren, síndrome antifosfolípide, etc.
Apesar de sua origem não ser bem compreendida e de não existir uma prevenção específica para as doenças autoimunes, atualmente existem vários tratamentos que revolucionaram e melhoraram muito a qualidade de vida dos portadores dessas doenças, e mesmo com o diagnóstico não totalmente esclarecido, é possível tratar e ter bons resultados, o segredo de um bom resultado está na identificação precoce de uma doença autoimune e instituição do tratamento o mais breve possível.
Disponível em:<https://rsaude.com.br/cuiaba/materia/o-desafio-das-doencas-autoimunes/8585>
TEXTO III
Dados mostram que cerca de 3% a 5% da população em geral é afetada por doenças autoimunes. Sabe-se também que algumas etnias são mais suscetíveis dependendo da doença. Essa susceptibilidade está relacionada com o histórico genético e a fatores ambientais.
Um fato interessante é que 80% dos casos reportados de doenças autoimunes são encontrados em mulheres em idade reprodutiva, mostrando também a importância dos hormônios. Um estudo publicado em abril de 2018 na revista “Science Signaling” mostra que o fato de as mulheres apresentarem risco maior de desenvolver uma doença autoimune pode estar relacionado em um receptor de estrogênio localizado em células de defesa do corpo.
Cientistas buscam alternativas para o tratamento de pacientes em estágios avançados de algumas doenças autoimunes. Novos remédios biológicos e intervenção genética estão entre as opções que vêm sendo testadas.
Diferentemente de um medicamento sintético, o biológico surge de mecanismos vivos, porções do sistema imunológico e exige um processo de fabricação mais minucioso. Ele tem moléculas maiores, como anticorpos e proteínas e desencadeia respostas mais complexas do sistema de defesa. Mesmo mais dispendiosos, esses medicamentos são uma economia no sentido da efetividade, além de aumentar a qualidade de vida.
Recorrer a técnicas de edição genética também desponta como uma área de pesquisa promissora para as enfermidades autoimunes graves. A interação com o DNA serviria para avaliar se a doença autoimune vai se desenvolver ou para escolher o medicamento mais indicado.
Uma terceira área que está sendo explorada por cientistas é o uso de medicamentos biológicos para intervir antes do estágio crítico da reação autoimune. É testado qual o estágio da doença e colocado anticorpos para agir, fazendo uma espécie de interceptação. O principal objetivo dessa terapia é fazer com que as abordagens se tornem cada vez mais individualizadas.
Disponível em:<https://bioemfoco.com.br/noticia/doencas-autoimunes-avancos-pesquisas/> (Adaptado)